não te assombram os ciprestes nem
as vestes da tarde límpida que
declinava na cidade ao inverno
dos teus queixumes, dos teus modos
de olhar o insossego ou a vista parcial
das linhas
de modo que estás detida no carbono
acendido ao coração, frasco
para paisagem ou migração do
que é dureza, acrílico, encomendas e
vozes que deixamos fixas noutras
imagens que julgamos mortas e
vão apenas ao encontro da mesma
parte nossa que mãe é e que nos
sobra enquanto falta e por isso
não te assombram os sinos e as
corolas sobre o corpo irremediável
porque danças no bosque a feitura das
redes
e hoje ainda serás recebida pelos elos
doutra margem
com cantos e esferas doces - uma ambrosia
firme para o que chegam e partem -
entre os galhos de julho, tanto de
partidas e passagens.
Muito bonito, Zunda.
ResponderExcluirEu gostei e entendi.