quinta-feira, 19 de março de 2020

confundiu-se por muitos dias
o mar que iniciava o teu
nome. no fundo havia inexato
o que não podia se
mesmo ser



resguardo

estou com os olhos guardados e
a miragem não engana formato
fingem eles que acredito esquecem
de onde venho pensam que aquelas
armas também não eram minhas.
há tantas gerações de pedras sobre
as bocas que as estratégias de moer
palavras resvalam no dissídio das vespas
ou naquilo que um samba goza.
no fundo, o silêncio é também pedido
de clemência. Uma fogueira em que
se queima a língua desejosa e o
perigo da vantagem sobre a pequenez.


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