"Opalas"
A espera desmancha o
bronze nos meus cabelos
desvia a lonjura das máquinas
para o deserto e eu opero
uma transformação conhecida
de acordar sempre no que se
desfaz das vozes e das estradas.
não é digno de rememorar
o nome, a odisséia excusa
no equilíbrio sobre as palafitas
ou uma lava de castanho atravessando a
insuficiência
do amor e da salvação no término
de uma trança adulta que se desfaz
para em mim vingarem os açudes
os vulcões as coxas entreabertas no
domingo e
o sol.
e se dobrarem os membros no
aguardo da safra mitológica
em ninho sedimentada
vai desejar um mundo aquela casa,
uma flor dentro do copo ao lado dos grampos
sobre uma região tornada pedra
carro espera
uma habitação possível do esquecimento.
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