levo você até o mirante
pela beira mais tenra do morro
para que se abram à vista as primas
tuas palavras sortidas a pino
a contento
no esmo breve de guardar o cendal
levo você pelas rudes fulores
das mais haustas sazonas àquela que chã
me povoa revelar
levo você nas raras andorinhas
horas
nos paradeiros bordados num silêncio
solícito ao menor atestado do amor
levo você até hoje
como se fosse de mim um sinal.
Sebastião Edson Macedo. "Postal".
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