quinta-feira, 19 de novembro de 2009

eu não sei se é o calor, se é o inferno astral, o mundo mesmo ou o quê, fato é que sair de casa é GARANTIA de aborrecimento. acho que por causa da tese eu ando 99% mais reclusa, e quando saio à rua é para muita necessidade... vou aproveitar para falar mal.

1) Sites de atendimentos a clientes: Sorvete Kibon. agora você entende porque ele tem custado 11,90 no Pão de Açúcar! Claro, porque o de Passas ao Rum é só um sorvete de creme com alguma essência aumentada. Passas? A última caixa de 2litros que eu comprei continha 3! A unilever tá se fodendo pra você. só pensa no faustão e nas promoções de consumo. o setor de reclamações do cliente que compra Kibon nunca está disponível para receber reclamações. tentei o dia inteiro. hoje. e ontem também.

2) Cinemas: não sei se essa é uma prática predominantemente carioca, mas ir ao cinema nesse lugar é certeza absoluta de aborrecimento. tenho a impressão de que estão todos num climinha pró-indie de discutir as supervalorizadas questões universais que os filmes lançam. MAS POR QUE CARALHOS AS PESSOAS NÃO FAZEM ISSO DEPOIS, NOUTRO LUGAR? por que todo mundo acha que eu quero saber o que elas pensam?
e mais: que merda de modinha é essa de falar alto como se tivesse dando palestra?

3) Embrutalhamento: seja no ônibus, no bar, na lojinha fuleira do saara ou na boutiquezinha do leblon onde o sapatinho mod custa 450,00 as pessoas são mal-educadas. fato. eu tenho a impressão de que ninguém mais fala obrigado, com licença, por favor e etecéteras básicos. me sinto muito babaca quando agradeço o troco da cobradora de ônibus e ela fica me olhando com cara do tipo odeio gordas simpáticas. eu não sou simpática. só acho que uma delicadeza mínima é necessária para se conviver. fiquei impressionada de pegar o metrô ontem cedo, por volta das oito e meia da manhã. todo mundo ri profundamente. as pessoas acham engraçado empurrar. acham engraçadamente normal o transporte caro que é o metrô estar cheio daquele jeito. uma pirigueti gritou quando entrou na central: nós empurra porque os bacana num vão pro meio. mesmo não concordando exatamente com ela achei que foi um princípio interessante da consciência de classe.


juro que tenho tentado aprender sobre a misericórdia, sobretudo com a Llansol. mas acho que nesse calor, nesse lugar, e sem uma perspectiva legitimamente cristã é bem difícil praticar isso.

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