quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

é melhor assim é
pousar o vento não vibrar
mais um acordo sem
medula outro ponto voraz é
melhor
assim as gavetas se prendem
impedem a coluna das formigas
na glicose um
rastro de formas evoca o teu pouso
sem acordo é melhor assim
uma solidão resistente na luz dos
supermercados, amando a ossatura
dos jovens sobre moléstia nova
pelas mãos de ervas a
terra trabalhada saúda seu
mutismo
a oceania assim
os pingos do amor em fim
melhor melhor recolher e pousar
panos de limpeza em acordo
(rápido, a mim ilumina)as
formigas sabem se é melhor sem
gotas, enfim o que vaza
podia, mas não é o cheiro das ervas
acontece um asteróide de palavras sem
paz o mar
é melhor assim ver que ter o teu
corpo não é juízo é várzea
sobre charco, morses e holocausto
líquido assente platéia
é falso não doer assim
a miragem das lógicas sem
rastro, formas
mentira, nunca houve suspeita
sobre a terra é sangue
de ternura
nos pingos para a fábula das urtigas
acordo entre os guindastes fortes
trégua de saída que sobre nove andares
cansa análise de safena
desmorona os ossos, venta poeira
pousam as mágoas das gavetas
aceno enorme sobre a costura da cama
vaza vaza
estanca aprende agora
ela é possível somente inteira
não, então nega concórdia
cansa
vibração de pássaros, recolho as pontes
espadas ela inteira, inteira
recebe a espessura do amor nunca
um guindaste não pode ser pequeno
sirenes de outra ternura imolam
as poças mas feche a gaveta como
gravar cimento sobre as portas?
vôo da velocidade, música com acenos



é melhor assim