segunda-feira, 25 de maio de 2009


Se vós soubésseis o que é a ilha de Ana de Peñalosa, que é, por excelência, a imagem com que se resiste, não por haver rochedos defensivos, para o que serviria uma fortaleza, mas erva, mais erva, e a linha onde toca a perdida nota de música.

Há dias, como o de hoje, em que tudo me parece envolvido por uma tristeza de montanha não neglijável. Observo-o com candura e, se a descrevo mal (mal a descrevo), é para penetrar nela com a consciência da sua realidade. Sera´a ausência dos seres humanos que cria a forte tristeza da montanha? Ou será, pelo contrário, a presença dos seres que inflama de vazio este lugar?

Vejo a chama que brilha,

mas não vejo a vela que arde.



Llansol, Na Casa de Julho e Agosto. p. 112




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